Monday, October 22, 2007

Sexo: alternativo, profissional e seguro.




A discussão sobre sexo foi muito instrutiva. Fizemos uma dinamica com perguntas relaciondas aos três topicos propostos no tema: Sexo: Alternativo, Profissional e Seguro. As perguntas eram focadas na experiencia pessoal de cada participante e sua relação com o sexo.


No tópico Sexo Seguro, fizemos uma rápida oficina ensinando a usar o preservativo masculino e também fazer barreiras no sexo entre mulheres.


Tivemos a participação do Jornalista Leo da Revista Brasileiros que foi acompnahar o grupo em busca de mais informações para sua matéria sobre trans. É claro que ele participou tbm da dinamica, tendo em vista que nossa reunião é aberta a todos e todas as pessoas interessadas em discutir os temas propostos.

Tuesday, March 06, 2007

Inserção Social vale a pena?


A Reunião desta quinzena reuniu pessoas das mais variadas para discutir o tema sobre inserção social.

O tema surgiu da necessidade de levar até as autoridades, demandas sobre o assunto para que possamos gerar ações efetivas para quem quer enquadrar-se nos moldes sociais mais básicos.

Em primeiro lugar, discutimos quanto o reconhecimento da nossa identidade seria importante para diminuiçaio do preconceito e uma maior igualdade de direitos, fora o fim dos constrangimentos. Algumas das trans presentes, citaram o reconhecimento do nome social como uma solução urgente.

Outra estratégia citada foi o estabelecimento de parcerias com Empresas Abertas à Diversidade, apesar de sabermos que hoje, ainda se considera diversidade apenas alguns gays e lésbicas, não tendo ainda abertura para as questões de gênero. Ainda assim, é hora de preparar estas empresas pré-dispostas à questão da diversidade, para que acolham travestis e transexuais no seu quadro de funcionários.

Outras ações citadas foram a sensibilização, que ainda é uma das formas de se conscientizar o empresário, os demais empregados e os cidadãos em geral a respeito das diversas identidades e sexualidades, e também a intervenção em departamentos de RH, para que possam entender como lidar com a questão Trans e darem suporte muito além do preconceito.

De qualquer forma, inserção social não é apenas dar acesso ao mercado de trabalho, mas dar oportunidade ao cidadão e a cidadã viver com o mínimo de dignidade sua vida dentro da sociedade, como parte integrante dela, tendo acesso livre à saúde, educação, ao mercado de trabalho, à moradia, à segurança e principalmente tendo seus direitos respeitados e suas necessidades atendidas.

Numa visão geral, chegamos a conclusão que travestis e transexuais carecem em todas estas áreas. E enquanto não encararmos a coisa de forma séria e ampla, nada vai mudar. Espero contarmos agora com a boa vontade daqueles que pretendem realmente fazer a diferença.

Beijos,

Como eles nos vêem na TV?


A sociedade não tem muito contato com a população de travestis e transexuais, quando tem, é através da mídia, mas especificamente a Televisão. Mas estamos realmente aproveitando estes espaços?

Foi assim que começou a reunião desta quinta que contou com um grupo super legal, mesmo que a divulgação tenha sido feita tão em cima da hora. O Carnaval passou e mais um ano tivemos aquele show de travestis e transexuais desfilando corpos belissimos e dando suas opiniões sobre si mesmas e as questões de gênero.

Mas será que as respostas satisfazem a curiosidade ou reproduzem esteriótipos? Com certeza, continuamos sendo apresentadas à sociedade como no Simba Safari. Seres extraordinários, exóticos, lindos de se ver, insignificantes de ouvir.

Ninguém vai criticar quem está em busca de espaço. Cada uma sabe bem o que está fazendo ali. Porém, a sensação que temos é que, ao passar o Carnaval, mais uma vez nada vai mudar. As travestis e transexuais vão continuar escondidas, vivendo o Glamour de uma noite mágica, e é assim que as pessoas imaginam.

E claro que não podiamos discutir o papel do Superpop na divulgação de pessoas trans. Hoje o único espaço que traz a questão é ainda o programa de Luciana Gimenez. Mas quem são as pessoas que estão indo? Como estas pessoas estão "educando" os espectadores a compreender melhor a realidade trans? Pelo visto, não estão levando a discussão a sério e com o respeito que merece.

Mas nesta condição, o que seria melhor? Levar ao espaço do Superpop pessoas que tenham uma bagagem de conhecimentos e vivências que ajudem a quebrar paradigmas e esteriótipos, ou procuramos abrir novos espaços em outras mídias, tais como revista Veja, Época, programas que formem a opinião pública, espaços onde a discussão possa ser levada a sério e de forma positiva?

Outra questão é: quem seriam as pessoas que poderiam e estariam preparadas para levar essa mensagem para o Brasil e esteja disposta a se expor? Dois grandes desafios que podem muito bem se tornar ações estratégicas para reposicionar a imagem de pessoas trans no Brasil.

Cabe a nós agora estarmos de olho e articular com quem pode contribuir de forma séria e sem estrelismos com a causa trans.

Alguém se dispõe?

Beijinhos,

Monday, February 05, 2007

Masculinidades, Feminilidades e Etc...


Olá pessoal,

Apesar da chuva fortissima que caiu em sampa, tivemos um ótimo número de participantes, o que deu pra realizar a dinâmica programada com muito êxito.

Falar de Gênero sempre mexe com a cabeça da gente. A dinamica sugeria conceituar as classificações de gênero e orientação sexual e a partir dai trazer as discussões com os conteúdos do próprio grupo.

O que são travestis, transexuais, crossdressers, T-lovers, Homossexuais? Quem é quem? O que caracteriza estas classificações, o que é mito, onde está o preconceito? Desta vez não estamos procurando respostas certas, apenas queremos chegar num consenso sobre todas estas classificações e buscar não propagar os mitos que muitas vezes se criam sobre cada pessoa.

Quem não pode vir perdeu umas das mais ricas discussões sobre o assunto, e quem saiu daqui nesta quinta-feira, levou consigo muitas informações que se aplicam a si mesmxs e ao mundo. Isso com certeza ajuda a dissipar os preconceitos e nos fazer pessoas melhores, num mundo melhor.

Beijos...

Tuesday, January 23, 2007

29 de janeiro: Dia da Visbilidade Trans!


Voltando com tudo, o QuinTas Trans contou com a presença de muita gente boa. Tivemos um grande número de participantes, realmente participativos, e também a presença de Janaina Lima, palestrando sobre a Campanha Travesti e Respeito.

O grupo se reuniu na Esfirraria Tele-Pizza e por pouco ficamos sem espaço. Com o tema: 29 de janeiro, dia da visibilidade Trans, dividimos o grupo em subgrupos e preparamos um briefing que serviu como base para a campanha que lançaremos durante todo o Ano de 2007.

A primeira peça foi lançada no próprio dia 29, e já pode ser vista no Site da Associação da Parada GLBT de São Paulo: www.paradasp.org.br

Quem foi, pôde reencontrar os amigos, discutir questões do segmento e também contribuir com a causa Trans. E ainda em tempo de registrar, tivemos a presença das militantes do Grupo Aphroditte e tbm da APS Sampa, reforçando a militancia de trans no estado de São Paulo.

As reuniões seguem com força total,
esperamos vocês na próxima!!

Beijos,

Wednesday, January 03, 2007

Profissão Perigo - Trans e o Mercado de Trabalho!!


Um dos assuntos mais polêmicos do mundo trans é sem dúvida o Mercado de Trabalho. Como encontrar alternativas para entrar no mercado formal de trabalho sem sofrer discriminação? Existem alternativas para Trans que não sejam o mercado da estética ou do sexo? O que é necessário para burlar o preconceito e manter-se no Mercado?

A reunião foi para Esfirraria Tele-Pizza e discutimos como funciona o mercado. Analisamos questões chaves como: como é para uma adoletrans buscar o primeiro emprego? Se a independencia familiar é tão importante, como fazer para se tornar independente? Como burlar as limitações que nos impõem o mercado estético ou do sexo?

Chegamos a conclusão de que jamais uma Trans deve deixar de se capacitar. O estudo continuo é extremamente importante, pois nos exigem muito mais e sempre haverá uma porta pra quem tem competencia para realizar um trabalho.

Não podiamos deixar de falar da "Passabilidade", ou seja, da maneira pela qual passamos como mulheres genéticas, seja fisicamente, no comportamento e nos modos. Infleizmente, com a maneira de pensar da sociedade, aquelas que apresentam uma passabilidade, tem mais chances de competir uma vaga no mercado formal.

Não esquecemos de falar sobre a Lei Estadual 10.948, que nos protege em caso de discriminação no ambiente de trabalho.

E pra finalizar, jamais desistir de procurar! Se várias portas vão se fechar, alguma deve abrir! Sabemos que as necessidades são pra ontem, mas também não esquecemos que as conquistas são pra hoje.

Beijão pra tod@s,

II SETRANS


Devido ao Seminário de TTT acontecido durante os dias 22 a 25 de novembro, não realizamos o QuinTas Trans e demos preferencia à participação no evento.

Para quem foi ao seminário pode presenciar boas mesas e ter a oportunidade de integrar-se mais com os direitos e politicas reivindicados pelas trans de São Paulo.

A Associação da Parada esteve presente em algumas mesas, como Identidade de Gênero e Sexualidade, e pode contribuir com seu conhecimento para abrilhantar o evento.

Parabenizamos a organização e esperamos que a iniciativa perpetue por muito tempo.
Beijos a todos,

Tuesday, November 14, 2006

Redução de danos no uso de Homônios


Uma das reuniões mais esperadas do ano foi a dessa Quinta feira.

Convidamos mais uma vez o Dr. Murilo Sarno, que é médico do Programa de Saúde da Família e ele deu um show em sua explicação sobre como funcionam os hormônios no nosso corpo e como funciona as alterações aós a inserção de hormonios femininos ou masculinos com a transição.

O Dr. Murilo explicou como funciona o nosso organismo e qual a maneira ideal de se utilizar hormônios - com acompanhamento médico, claro. Nos deu dicas de como abordar o clínico ou endocrino e quais exames fazer, e falou ainda de feitos colaterais e riscos no excesso e uso incorreto.

Esteve o tempo todo disposto a responder as duvidas dos participantes e nos brindou com uma enxurrada de informações. Quem veio não se arrependeu!!

Ano que vem tem mais!
Beijos Mil,

Familia


Dando continuidade aos Temas do segundo semestre, o QuinTas Trans discutiu a Família e como é a relação com as Trans.

Como sempre, fizemos uma dinâmica onde nos questionamos sobre situações inusitadas que envolvem Pessoas Trans.

Que conselho você daria a estas pessoas?

Carla tem 17 anos e descobriu há pouco tempo sua transexualidade. Como é de menor e vive com os pais, não sabe muito bem como chegar na família. Para piorar, seu pai é militar e evangélico e sempre sonhou que “o filho” seguisse carreira na Polícia do Exército, já que tem mais de 1.80m. Seu maior medo é descobrirem que ela já começou com os hormônios e ser expulsa de casa. Seu corpo está mudando a passos largos e ela tem medo de ser espancada e de ir parar na prostituição.

E agora, qual o conselho?

Mário tem 43 anos. Obviamente que o pai dos seus filhos não o chama de Mário, mas de Maria Helena como fora registrado. Apesar de toda pressão e vontade de esconder seus segredos mais íntimos, Mário está em depressão e não agüenta mais viver o teatro em que vive. Pensa todos os dias em contar pro marido que na verdade ele é homem, mas sempre pensa nos filhos, na sua sogra, na sua vizinha. Mário está entre a cruz e a espada, e se não encontrar uma solução, os meninos vão ficar “órfãos por parte de mãe”.

E agora, qual o conselho?


Marcela Cristina viveu muito tempo como um “homossexual enrustido”, tentando esconder seus trejeitos e sua voz fina e ondulada. “filho único” de mãe viúva, ela sempre foi “o homem da casa”, e sempre tentou agradar a mãezinha querida, que sempre fez vista grossa em relação a sua delicadeza. “Rapaz educado” dizia ela. O “rapaz educado” cansou. Está entrando em parafusos e precisa colocar-se no mundo como a mulher que sempre foi. Claro que tem medo de frustrar sua mãe, afinal de contas, com quem mais ela vai contar? E a vergonha de ter “um filho travesti”, como vão ficar as coisas?

E agora, qual o conselho?


Claudina Ro-Rô saiu muito cedo de casa no sertão nordestino e veio para São Paulo ganhar a vida. Deixou sua família por lá na Paraíba e começou a se dar muito bem nas pistas de São Paulo fazendo ponto. Ela sempre mandou dinheiro para sustentar a família, mas ninguém nunca soube do verdadeiro destino de “Ademar Rogério” seu nome de batismo. Sempre foi muito apegada à mãe, mesmo a distancia, e sempre dava um jeito de falar com ela ao telefone vez por mês para lhe dar noticias e matar a saudade. Num destes telefonemas, descobriu que a mãe havia falecido, e que seu irmão precisava da sua ajuda para enterrá-la e consolar o restante da família. É, seria inevitável para Claudina esconder-se agora. Era hora de voltar pro sertão e encarar todo aquele povo de baixa instrução, na terra do “cabra-macho”, de peito erguido, com próteses de 500 ml de silicone.

E agora, qual o conselho?


“Fernando” conseguiu. É vice-diretor numa multinacional da mineradora do seu pai. Nada a se estranhar neste fato a não ser o fato de que o “Fernando no RG” é na verdade Rose Hellen, e acabou abocanhando o cargo que poderia ser de sua amiga e concorrente Ana Lúcia, que é super competente, mas não ganhou o cargo porque é uma Mulher. Neste ambiente machista-familiar, Rose Hellen está se descobrindo mulher e vendo o tempo passar para começar sua transição. Os 8 mil e 500 reais de salário são maravilhosos pra essa mulher que sempre se vangloriou de sua inteligência e nunca precisou do pai para promovê-la, mas sim do pênis para dizer quem tem mais valor. De fato é o reconhecimento do seu trabalho, mas não agüenta mais viver de terno, dia-após-dia. Adoraria colocar um tailler e mostrar quem manda ali, mas sabe que seu império pode acabar em segundos ao se assumir, pois além de perder o seu emprego, pode ser deserdada e perder a fortuna da sua família.

E agora, qual o conselho?


Carlos Henrique ama sua namorada e pretende casar com ela. Isso ele não tem mais dúvidas. Porém, sua mãe quer que ele case com Júlia na mesma igreja que ela se casou com seu pai. Até agora a história de que Júlia não é católica está convencendo a velhinha. Porém, Júlia não poderá casar-se no civil, muito menos no religioso. No seu Registro de Nascimento ainda consta seu nome “Júlio César” e seu sexo “masculino”. Carlos está para se separar, apesar de amar Júlia, pois não agüenta a pressão da velhota que quer porque quer fazer uma festa pomposa para nora tão maravilhosa, bonita, fina e branca, aquela que ela pediu a Deus pro seu filho para lhe dar pelo menos dois netinhos arianos, a raça pura de Deus.

E agora, qual o conselho?

Divirtam-se como nós nos divertimos, e veja se você chega a mesma conclusão nossa: Familia é ótimo, mas é muito melhor estar independente dela. De preferência, bem longe... hehehe...


Beijinhos,

Saúde de Trans



Oi Pessoal,

Esta foi uma das reuniões mais interessantes que realizamos. A presença do pessoal, mesmo depois do feriado foi muito legal.

Esta reunião teve como dinâmica o 'Jogo da Saúde TT' onde fizemos um tabuleiro e cada casa tinha perguntas sobre o Universo da Saúde de pessoas Trans.

Hormônios, Cirurgias, Silicone Liquido, Uso de Drogas, Hepatites Virais, DST e HIV/AIDS, Tratamento para transexuais no HC, Protocolo CFM, e diversos outros temas pertinentes a Saúde da nossa população.

A reunião foi demais esclarecedora e nos trouxe muitas dicas de como cuidar da nossa saúde.
Agradeço a todos que foram e aguardo novos participantes nas próximas,

Beijão,

Homens Trans


É pessoal,

Nos reunimos mais uma vez para falar deles, estes rapazes tão simpáticos em busca de si mesmos, os Homens Trans.

Mais uma vez tivemos a visita do Grupo de Jornalismo da faculdade São Judas que fizeram entrevistas conosco e participaram da reunião.

Apesar da dinamica que criamos, a reunião acabou sendo mais uma aula de Identidade de Gênero e Transexualidade em geral. Focamos ao máximo no tema dos Homens Trans e buscamos abranger os temas principais, como familia, profissão, relações afetivas, orientação sexual, prevenção, etc.

Quem veio curtiu e aprendeu bastante. Ainda assim fica meu lamento pela ausencia de Homens Trans no espaço que lhes fora dedicado com tanto carinho. Fica pra próxima vez com certeza!

Beijinhos rapazes!

Monday, September 11, 2006

Comentando TRANSAMÉRICA


E semana retrasada aconteceu a apresentação do filme Transamérica que conta a História de Bree, uma transexual prestes a fazer a cirurgia de redesignação sexual e que acaba se vendo de frente com seu passado.

O filme nos remete a padronização da transexualidade ditada pelas regras de gênero e sexualidade. O que é ser mulher? o que é ser feminina? Onde estão os limites do que é masculino, do que é feminino? Vale a pena esconder o passado, ou ele não pode ser escondido?

Apesar do pequeno número de pessoas, o filme, sem dúvida, trouxe uma reflexão para todas as sexualidades. O direito de ser, de se expressar, de viver sua identidade de forma plena, que ainda passa nas mãos de terceiros e reflete tão intimamente na existencia do ser transexual, faz com que pensemos como ser feliz, encarando uma realidade que muitas vezes não podemos suportar?



Auto-aceitação, amor, familia, descoberta de si e muito mais foram as lições tiradas deste filme tão surpreendente. Não percam a próxima reunião, estamos aguardando por vocês!!

Beijos,